Os olhos não chegam a compreender a grandiosidade. Vemos as linhas que definem os montes, mas não compreendemos a distância. As nuvens por vezes esbatem esses limites e a imaginação aproveita-se desta falha. Estamos rodeados de montanhas.
Cá em baixo temos o lago. Nele, cruzam-se os barcos turísticos, que roubam descaradamente os viajantes com dinheiro leve, com os patos e as cabeças de quem nada com eles na água azul, límpida. Há nenufares junto às bordas do lago. A única ilha do país espera pelos barcos no meio deste vale. Temos apenas meia hora para a visitar, que o barqueiro ladrão não espera mais. Pedem-nos mais umas moedas para subirmos à igreja (a religião paga-se?) e pedir um desejo ao sino. Talvez numa outra altura... Tiram-se as fotografias, foge-se das abelhas e voltamos.
Após alguns minutos de viagem, descobrimo-nos num lugar secreto (gratuito!), onde acompanhamos um rio a seu lado. Impressiona o verde denso, a transparência da água e o branco da sua turbulência. Fotografias. Respirações profundas. Crianças nas pedras junto ao rio e um cão que busca o pau por entre as rochas. Repetem-se fotografias. Tudo para podermos levar um pouco deste mundo que tanto nos escapa para casa. Temos saudades de ser parte disto. A cidade satura, Vintgar rejuvenesce.
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