SEM #20
Vemos os peixinhos do aquário municipal, os répteis que por lá se expõem, subimos a um dos dois montes da cidade, por entre as vinhas e os insectos, absorve-se a vista, tiram-se as fotografias necessárias, regressa-se à cidade para um jantar num restaurante pouco típico e, entre tudo isto, a conversa nunca pára.
Não se deve falar do que não se sabe, concordámos. É por isso que lhe faço todas as perguntas, as convenientes e as inconvenientes, porque a ignorância é enorme e o preconceito maior. O Islão mete-nos medo e revolta. Mas partilho uma vivência tão significativa com ela, a muçulmana crente e praticante (aquele termo que tanta vez usamos no nosso catolicismo), sem véu e sem a seriedade que tanta vez se retrata no jornalismo actual, que sou incapaz de não querer aprender e conhecer mais da sua fé. Desta vez, falamos das burcas, da mulher, do casamento, da fidelidade, do sexo. E, no fim de contas, as opiniões convergem e confundem-se, a moral é semelhante e não existem conflitos.
Há algo lá fora que não compreendo. Não sei de que diálogo falam se este, para mim, funciona tão bem.
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