SEM #25
Aproveitamos o bom dia para experimentar, finalmente, a bicicleta. Orientados por duas nativas amigas, andamos bem e depressa no verde e nas ruas, para não desperdiçar as duas poucas horas que temos.
Paramos junto a um palácio para casamentos e, pois claro, exigimos a fotografia de grupo. Armados de sorriso turístico, aguardamos o casal que atravessa a ponte para os abordarmos e pedirmos colaboração. Para grande surpresa nossa, assim que lhe estendemos a máquina, o senhor recusa-a e procura afastar-se aflitivamente de nós. Antes de desaparecer, as nativas pedem de novo, desta vez na verdadeira língua do casal, e, por fim, lá aceitam tirar gentilmente a fotografia.
Arrumamo-nos por entre bicicletas e murmurinhos curiosos e esperamos que o senhor, agora já sorridente, clique no botão. Já está!
Uma de nós vai recolher a câmara e agradecer mais uma vez. Quem o entendeu conta, junto ao grupo que fica no sítio, que, a princípio, o senhor julgava que o queriamos fotografar. Ela segura na máquina, vê a fotografia no ecrã, sorri ao senhor, agradece. Perguntamo-nos porque quereriamos nós tirar uma fotografia ao senhor ao estender-lhe a câmara. Esperamos em grupo que a câmara regresse para vermos nós o resultado final.
Por cima da cabeça de todos nós, o dedo gordo do senhor cobre o céu e as caras que estariam sorridentes. Perfeito. Não tiramos fotografia ao senhor mas ele insiste em aparecer. Já longe, não nos deve ter visto rir.
Sem comentários:
Enviar um comentário