Entrou com a mãe, que ela saberia de tudo, não haveria problema em estar presente. Cabisbaixo, conta a sua história. Tem estado abstinente nos últimos meses, desde que ingressou a associação, mas teve uma recaída. Mostra-se culpabilizado e triste com o aparente retrocesso, que diz ter sido apenas uma vez. Lá na associação não acreditam, pedem para que refaça a carta das culpas. Não compreende como é que a sua honestidade não é valorizada e compreendida. Mas o que mais lhe custa, diz-nos, é estar sozinho. Não tem amigos. Todos se afastaram ou apontam agora o dedo categorizando-o com os comportamentos de um passado que diz que já não lhe pertence. Quer ser alguém novo, limpo, capaz. Quer ter alguém a seu lado. Quer ajuda. Chora e comenta, "sou muito sensível, pode escrever aí nos seus apontamentos".
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