Não acreditou em mim, doutora. É assim, basta eu dizer que tenho esquizofrenia e as pessoas afastam-se. E senti-me mal ali, não confiam em mim. Vou para lá para deixar de fumar, mas assim que digo que tenho esta minha doença, eles não acreditam que eu seja capaz. E eu que já deixei de beber e que perdi todos estes quilos... Não sei qual é a experiência que têm com outros como eu, mas não é justo. Se eu estou ali é porque quero mesmo parar. Porque falaram assim para mim, como se fosse uma criança prestes a portar-me mal? Mas eu vou voltar lá, sim, doutora, a vontade é não ir, mas eu vou. Confio em si, que me diz que não tem a ver comigo e que é importante manter o seguimento, eu sei, e irei lá mostrar que sou capaz. Quero mesmo isto, doutora. Agora estou bem, estou muito melhor, e quero fazer isto por mim. Obrigada, doutora, até à próxima.
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