Fui a única médica do serviço. Assim, tudo segue à minha velocidade, ao meu gosto. Vou conhecer o novo paciente que, deitado qual deus grego na sua cama, me diz que sou boa pessoa porque o vê na cor dos meus olhos.
Ao final da tarde junto-me aos amores que me vieram visitar a Barcelona. Junto ao Aquário, comemos uns crepes e bebemos chocolate quente. Rimo-nos. Não se sente a distância nem o tempo que nos separou. Não se distingue nenhuma timidez pelo primeiro encontro recente entre elas. Como uma amizade de sempre, ainda antes de o ser.
Cumpriu hoje a promessa de nos entregar as prendas que nos trouxera da Alemanha. As salsichas de Munique, os chocolates, as gomas. E uma prenda para o meu aniversário. Uma camisola verde, com escritos em alemão. Uma camisola com muito significado. Fora a nossa primeira troca realizada há alguns anos, em nome da amizade que se criara, uma camisola verde por uma t-shirt colorida. Quando nos reencontrámos, anos mais tarde, repetiu-se o gesto. É mais que uma camisola. É o reafirmar de uma amizade sólida e bonita.
Que bom ter este amor tão perto.
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