Desta vez a fila era mais curta. A notoriedade da oradora era também diferente, mas não deixou de encher a sala.Veio falar-nos de identidade. Afinal quem pertence ao "nós"? O que nos faz sentir que pertencemos a um nós? Poderemos pertencer a um grupo sem gostarmos assim tanto das outras pessoas que nos rodeiam nesse grupo? Poderemos ser diferentes dentro de um grupo?
Falou-se de política, de intervenção social, de como o objetivo não pode ser apenas legislativo, há muito para além disso. Falou-se de emigração, de refugiados, da inclusão, integração ou mera aceitação. Falou-se de identidade individual, que se constrói e reconstrói ao longo da vida.
Falou-nos com serenidade e com crítica, aceitando de bom grado comentários e perguntas. O público ouviu com atenção e opinou, quis saber mais, quis partilhar.
Sinto estar numa cidade pensante. Que questiona e reflete. Que convida à reflexão conjunta. Estamos em tempos particulares de mudanças na sociedade e Barcelona está em cima do acontecimento. E, aqui, com Judith Butler, se comprova mais uma vez esta vivacidade criativa e reflexiva de quem habita a cidade.
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