Não me tirem este cansaço
E a vontade de correr
Corro, que vou tarde
Mas com vontade
De ser jovem e
Regressar a mim
Preciso
Da Márcia e da pele que há ali
No gesto da mão vago
No pé que me apoia
No corpo que ressalta
E que, no compasso, se exalta
Relaxo metodicamente
Um pescoço que esquecera
Tão sério
Espreguiço e as palmas
Das mãos abarcam,
De novo,
O mundo inteiro
O esterno olha o céu
Quando os braços cruzam,
Esquerda junto ao corpo,
Movimento fluido
E uma aparente naturalidade
No acerto com os tempos contados
Sete, oito e...
Um dois três
Um dois três
Plié e um
Quatro cinco
Meia volta um
Aqui, na fusão do gesto
E da música que quero sentir
Esbato a dor dos dias dificeis
No chão onde me deito
No suor a que me sujeito
No ar pesado deste cansaço
Bom
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