O Museu Picasso é um baú de memórias, um album de fotografias. É um caminhar por entre os anos da juventude prolixa que fermenta em azul e rosa e desemboca na psicotização da imagem. Não há filas para fotografar os clássicos porque não estão ali, está apenas o crescimento de um artista, para ser apreciado em movimento e não aos magotes.
Dizem que a pérola do museu são as suas interpretações d'"As Meninas" de Velasquez. A pérola é entrar no espaço reservado para elas, dar de caras com a obra cinza, reconhecer com um sorriso a reinterpretação, circular pelo restante espaço, caminhar pelo percurso que levou até ao quadro final e, à saída, cruzarmo-nos de novo com a obra, agora apreciada à segunda passagem com uns olhos mais experienciados. Que tempo bem passado nesta construção identitária artística.
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