sábado, outubro 20, 2007

Não soubeste o que responder
Diz que sim, meu bem, não tenhas medo
Eu posso estar aí
Posso ser diferente
Posso ser, não o que procuras,
Mas o que precisas
Ninguém tem de saber
Não há termos, não há leis,
não há ninguém a olhar por nós
Não recuses um céu limpo
a cobrir-te o corpo vazio
numa praia deserta
e uma companhia presente
Talvez eu possa estar aí


A. Dionísio 08/06

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca te saberei explicar o quão doce sinto o conjunto de palavras 'meu bem'. Envolve como... um cobertor numa daquelas noites de metrópole fria, em que os lábios gelam de roxo e a volta ao hospital não chega ao fim. Casa.
Sabe tão bem ler 'meu bem'. 'bem'. Toque de mestre.
Lê-se bem, nas entrelinhas mas quase a letras garrafais, o teu carpe diem... 'não recuses um céu limpo'.
Poema de uma boa noite (de sonhos)*