Hoje não te amo
Hoje acordaste, olhaste o espelho e não te viste
Acreditas que és aquela criatura assombrada
Aqueles olhos vermelhos naquele fundo negro
Aquele cabelo louco, aquela moleza de corpo
Julgas que és fraca, que não sabes subir
E nem pensas tentar sequer
Hoje queres acreditar que és menor,
Que não importas, que ninguém te vê
E eu hoje não te amo
Porque assim o pediste
Logo que conseguires
acorda, olha o espelho e, se não te vires,
se te reencontrares com a distorção de hoje,
não fujas, olha de novo
e encontra-te realmente
vê a doçura que o azul do teu olhar transborda,
a figura cativante que te carrega a alma,
levanta-te, sorri para a criatura,
grita-lhe "não sou tu, sou alguém maior"
E a criatura desvanecerá
E eu amar-te-ei
Não porque me pedes
Mas porque assim tem de ser
A. Dionísio 13/09/06
3 comentários:
I really like this... :)
estive a ler-te (ja nao passava por aqui ha algum tempo - grande falha) e adorei "irritantemente" tudo...
Talvez de por ver alguns versos tatuados na pele, que é minha mas que não quero ter, não goste tanto dele.
Lê-te baixinho.
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