Deixa-o que não te quer
Ele já te viu de lenço ao nariz
e de olhos constipados
Como poderia...?
Já te riste despropositadamente
e ele já te corrigiu várias vezes
É bom amigo
e amigo não quer amigo
perto demais que deixe de o ver
Esquece-o que não sonha contigo
nem tu com ele
estás apenas só e triste
e viste-o sorrir-te naquele dia
Acorda e finge que não aconteceu
porque quem te ama sou eu.
Ciúmes?!
Alguma vez...!
Pronto.
Talvez...
A. Dionísio 29/01/07
[e com uma cena de ciúmes, o Dionísio desapareceu...]
sábado, outubro 20, 2007
Não soubeste o que responder
Diz que sim, meu bem, não tenhas medo
Eu posso estar aí
Posso ser diferente
Posso ser, não o que procuras,
Mas o que precisas
Ninguém tem de saber
Não há termos, não há leis,
não há ninguém a olhar por nós
Não recuses um céu limpo
a cobrir-te o corpo vazio
numa praia deserta
e uma companhia presente
Talvez eu possa estar aí
A. Dionísio 08/06
Diz que sim, meu bem, não tenhas medo
Eu posso estar aí
Posso ser diferente
Posso ser, não o que procuras,
Mas o que precisas
Ninguém tem de saber
Não há termos, não há leis,
não há ninguém a olhar por nós
Não recuses um céu limpo
a cobrir-te o corpo vazio
numa praia deserta
e uma companhia presente
Talvez eu possa estar aí
A. Dionísio 08/06
Hoje não te amo
Hoje acordaste, olhaste o espelho e não te viste
Acreditas que és aquela criatura assombrada
Aqueles olhos vermelhos naquele fundo negro
Aquele cabelo louco, aquela moleza de corpo
Julgas que és fraca, que não sabes subir
E nem pensas tentar sequer
Hoje queres acreditar que és menor,
Que não importas, que ninguém te vê
E eu hoje não te amo
Porque assim o pediste
Logo que conseguires
acorda, olha o espelho e, se não te vires,
se te reencontrares com a distorção de hoje,
não fujas, olha de novo
e encontra-te realmente
vê a doçura que o azul do teu olhar transborda,
a figura cativante que te carrega a alma,
levanta-te, sorri para a criatura,
grita-lhe "não sou tu, sou alguém maior"
E a criatura desvanecerá
E eu amar-te-ei
Não porque me pedes
Mas porque assim tem de ser
A. Dionísio 13/09/06
Hoje acordaste, olhaste o espelho e não te viste
Acreditas que és aquela criatura assombrada
Aqueles olhos vermelhos naquele fundo negro
Aquele cabelo louco, aquela moleza de corpo
Julgas que és fraca, que não sabes subir
E nem pensas tentar sequer
Hoje queres acreditar que és menor,
Que não importas, que ninguém te vê
E eu hoje não te amo
Porque assim o pediste
Logo que conseguires
acorda, olha o espelho e, se não te vires,
se te reencontrares com a distorção de hoje,
não fujas, olha de novo
e encontra-te realmente
vê a doçura que o azul do teu olhar transborda,
a figura cativante que te carrega a alma,
levanta-te, sorri para a criatura,
grita-lhe "não sou tu, sou alguém maior"
E a criatura desvanecerá
E eu amar-te-ei
Não porque me pedes
Mas porque assim tem de ser
A. Dionísio 13/09/06
sexta-feira, outubro 19, 2007
[Como paga de tanto tempo sem escrever, digo-vos agora: acho que chegou a altura. Cá vai então. *figas*]
Anja
Não tens corpo
Não és mulher
e não és anjo.
Não te ris com elas
nem com o olhar fixo deles em ti
Eles não te fixam.
Não vês cores nem tons
em vestidos ou trapos pirosos
Não vês filmes pelo actor principal
Não te embonecas, não te enfeitas
Não te penduras neles, não os desejas
Estás só e amas
o mundo
Não compreendes o fascínio
pela tua aurea branca
pelo teu olhar claro
pela tua divina serenidade
A pele foge do toque
Mas tantas almas foram tocadas
por ti
Presente, mas à distância
Estás só e entre
nós
Mas não és luz
e não voas.
Não surges apenas em delírios
Não fazes milagres contemporâneos.
Também te atingem,
Sofres de prantos, lamúrias,
vergonhas e raivas
Vives connosco e
arriscas-te a queimar
as asas quebradas.
Não podes ser anjo
nem sequer mulher
Estás só, como
Nenhum dos mundos te quer
A. Dionísio 24/06/06
[heterónimo que criei e que na altura andava a escrever melhor que eu... Há mais uns quantos poemas, vou mostrá-los nos tempos próximos]
Anja
Não tens corpo
Não és mulher
e não és anjo.
Não te ris com elas
nem com o olhar fixo deles em ti
Eles não te fixam.
Não vês cores nem tons
em vestidos ou trapos pirosos
Não vês filmes pelo actor principal
Não te embonecas, não te enfeitas
Não te penduras neles, não os desejas
Estás só e amas
o mundo
Não compreendes o fascínio
pela tua aurea branca
pelo teu olhar claro
pela tua divina serenidade
A pele foge do toque
Mas tantas almas foram tocadas
por ti
Presente, mas à distância
Estás só e entre
nós
Mas não és luz
e não voas.
Não surges apenas em delírios
Não fazes milagres contemporâneos.
Também te atingem,
Sofres de prantos, lamúrias,
vergonhas e raivas
Vives connosco e
arriscas-te a queimar
as asas quebradas.
Não podes ser anjo
nem sequer mulher
Estás só, como
Nenhum dos mundos te quer
A. Dionísio 24/06/06
[heterónimo que criei e que na altura andava a escrever melhor que eu... Há mais uns quantos poemas, vou mostrá-los nos tempos próximos]
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