sexta-feira, abril 07, 2006

posso agora talhar ruas imensas, casas imóveis, abandonadas
algumas nuas a morrerem assim, tristes, inquietas, azuis, sozinhas
mas isto não acaba
algures num alvor atado quando uma igreja nos ouvir
jorraremos o amor ousado
rasgaremos a imagem sem titulo
foge rato amargo, nunca consegues instalar-te sem coração ausente
corre ave terrestre, a rasgos isto não avança
ama, negro trovão, o nosso idiota orvalho
riscos a queimar um elegante lume
monstros ocultos no interno corpo ardente
inevitavelmente, nós estamos sós...

[nova experiência... quem perceber como surgiu este poema, avise]

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