Nós somos tão pouco... Somos tão frágeis, tão inúteis, tão fracos. Não sei porque digo isto... Vejam os meus pulsos. Tão pequenos que quando não têm uma pequena pulseira se sentem desprotegidos, com medo. Ou serei eu?!
Se fechar os olhos, ou se estiver no escuro, e tentar tomar consciência de tudo o que sou, tudo o que é mesmo meu, não me sinto muito. Sinto a ponta dos meus pés gelados, os meus dedos finos, a ponta do meu nariz frio, os meus lábios pesados, o peso nas minhas pálpebras, a minha pele junto da roupa que não sou eu. E sinto especialmente o ar nos meus braços. E mais nada. E mesmo que me estique, nada mais será meu.
Nem um abraço... Nem um corpo junto ao meu, um toque. Nada.
Nem um sorriso, nem uma conversa, nem uma companhia, nem um riso, nem uma corrida, nem uma fotografia, nem uma flor, nem um cheiro, nem uma chuva, nem uma alegria, nem uma angústia, nem uma lágrima (que me foge), nem um olhar. Nada.
Nada mais serei eu. Sou tão pouco. Queria ser mais forte ou então ser muito, muito menos, ser dispensável. Ser uma poeira a voar por aí. Se pudesse, apenas ouvia, lia, via-vos. E escrevia... Nada mais.
Nada.
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