domingo, maio 16, 2004
Ainda bem que correste. Não lhes ligues, pensam que as regras são para cumprir. Ainda estou para saber quem é que inventou essa pseudo-regra de não se correr nos jardins. Nem correr, nem andar, nem pular. Para quê aquela relva verdinha se ninguém a pode usar? Corre, sim, corre com todas as energias que tiveres sobre este jardim porque, quanto mais correres, mais se alarga o teu sorriso e o teu coração. Estraga tudo o que é perfeito porque para é morrer, e, se algo é perfeito, tem de parar. Pula em cima das contruções de areia, não deixes que as ondas te roubem o prazer de deitar abaixo algo que te deu tanto gosto em fazer. Não fiques sentado nas salas de espera, não deixes fugir esses momentos. Nunca deixes de perguntar, nunca deixes de sorrir, de rir, de brincar. Não te tornes num de nós, rapazinho, foge de nós. Somos demasiado perfeitos. Portamo-nos demasiado bem. Mentimos demasiado bem, roubamos demasiado bem, matamos demasiado bem. Mas nunca brincamos. Já viste algum de nós sorrir? Não para ti, porque para ti parece que toda a gente tem sorrisos rosa, mas para o mundo, para o ar, para a vida. Já viste algum sorriso na rua? Não, ensinaram-nos a não rir sem razão, e nunca temos razão. Ainda bem que correste por cima da relva do jardim que queria ser perfeito, porque essa tua alegria de infância já me deu um motivo para sorrir. E eu que já me tinha esquecido do que isso era... =)
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2 comentários:
Sempre gostei de ler os teus textos, parece que libertam uma magia especial, não sei...E este não foge à regra! ;P
ana corre smp, ms smp, pisa smp a relva e, cm dissest, n desaprendas nunca, ms nunca, o sorriso sem razao.
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