quarta-feira, setembro 17, 2003

Li no livro "As terças com Morrie" uma ideia curiosa que passo a descrever.
Morrie adoece gravemente e sabe que vai morrer em breve. Lembra-se então de um funeral a que foi de um amigo e das palavras tão bonitas que ouviu sobre o falecido. E teve pena desse seu amigo já não poder ouvir tudo aquilo que foi dito em sua homenagem. Por isso, antes de morrer, combinou com os seus amigos um funeral. Juntaram-se e os seus amigos falaram sobre ele, mostraram a sua amizade, leram-lhe poemas dedicados a Morrie. Choraram todos juntos.
Recebo muitos e-mails, daqueles forwards, com mensagens como esta, ligeiramente diferentes. Podemos morrer a qualquer altura, será que não queremos morrer sabendo que os que amamos saibam desse nosso amor? E nós não gostariamos de nos poder despedir de alguém, dizendo-lhe o quanto é importante para nós? Acho que, de vez em quando, deviamos fazer destas sessões. Não lhe chamariamos de funeral, claro, isso assusta muito. Mas é tão agradável poder dizer às pessoas o quanto são importantes nas nossas vidas. E ouvir de volta esses comentários, e apercebermo-nos que, se nos fossemos embora, havia muita gente que daria pela nossa falta. Mas provavelmente, se eu telefonasse a alguns amigos a combinar este "funeral", esta "festa", poderiam achar muito lamechas ou então, poderiam recear a minha sanidade mental... Pode ser que um dia me compreendam...

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