Soube, quando ele o disse, que já fora longe de mais. Senti-o retinir cá dentro, lá no fundo do epigastro. Isto não é poupar-me. Não é reservar os poucos neurotransmissores que ainda me sobram para conseguir trabalhar o resto do dia. Foi tudo bem espremido naquele momento para que ele o pudesse dizer. Disse-o e ficou, talvez, mais leve. E eu carregá-lo-ia o resto do dia.
Tenho o trabalho aberto há horas no fundo do ambiente de trabalho e o mal-estar a crescer por não o conseguir adiantar. Eu poderia fazer tanto e tão bem. Mas hoje não. Hoje fiquei por ali, quando ele o disse.
É como o cristal...
Tenho muitos trabalhos para casa. Reduzir o obrigada, o desculpa, o suposto, o devido, a culpa. Aumentar a ajuda, o orgulho, o cuidado, a paragem, a fuga, o prazer. Tudo isto enquanto trabalho. Vai correr bem, vai.
Eu que sou boa, o que tenho para dizer?
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