domingo, maio 13, 2007

DB
Não paras de surpreender. Começas discreta, sem que ninguém te descobra, e aos poucos vais-te desenrolando aos nossos olhos. Ninguém te distingue à distância, talvez apenas pela tua singularidade solitária, o silêncio pensado. Segue-se um primeiro contacto, a simpatia de ocasião e os cumprimentos devidos ao longo dos dias. Até que, por sorte, soltas um detalhe teu, algo que finalmente te põe em evidência e te torna única. E, sem darmos conta, dentro de algum tempo revelaste para nós, que nunca te conhecemos realmente, tudo o que te define e te move. E são coisas tão grandes e admiráveis que com a surpresa ficamos assim, de boca aberta com o olhar detido em ti, no teu sorriso tímido e orgulhoso, a tentar compreender como conseguiste esconder de nós tanta poesia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei a "simpatia de ocasiao". Há sempre o desejo de uma descoberta no que escreves. Parece que despes as pessoas com as palavras.