Hoje de manhã, quando encontrei "Sic 10 Horas" no meu constante zapping, parei para tomar atenção a um polícia que contava as últimas novidades sobre o caso da menina de 8 anos desaparecida há já uma semana. Quando soube inicialmente da notícia fiquei a pensar para mim o martírio de todas as noites dos pais que não sabem da filha, se está viva, se morta, bem ou mal. Como será imaginar uma filha naquele momento noutro local qualquer sem que ninguém saiba? Se eu já fico doente com o desaparecimento do meu telemóvel, ou da minha mala, ou do que quer que seja relativamente insignificante, não consigo sequer imaginar a aflição de um pai cujo filho está desaparecido. Mas não é este ponto que queria focar.
O que me prendeu mais a esta história foi a revelação que aquele polícia nos deu. Ao que tudo indica, a mãe, juntamente com o padrasto, vendeu a sua filha a um casal alemão para que a pequena Joana fosse viver com eles. Foi, portanto, levada com a polícia, algemada. Até se apurar a verdade.
A população está indignada. Foi a população, e não a própria mãe, que iniciou as buscas. Foi a população que deu por falta da menina. Pelo que foi dito, certa vez, quando a menina ficou doente, foi a senhora do supermercado que a levou ao hospital, e não a mãe. Contaram-se coisas que nunca me tinham passado pela cabeça (mesmo que, quando vi pela primeira vez a mãe a falar na televisão, não lhe ter encontrado a preocupação que esperava de qualquer mãe...).
Falou-se, então, do crime supostamente cometido pela mãe da menina. E, para o cúmulo, a venda da sua filha não é crime em Portugal. Mas... como é que isso é possível?! Bem, pelo que foi explicado pelo tal polícia, não é crime vender uma criança em Portugal, só o será caso seja para abuso sexual ou escravidão.
Pensem o que quiserem. Só vos digo que quando penso nisto, volto a recordar-me do que escrevi no post anterior, sobre o tráfico de crianças, e pergunto-me se tudo isto não andará à volta do mesmo. Pensem o que quiserem...
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