Blog de cara lavada.
It's a new dawn, it's a new day, it's a new life for me and I'm feeling good.
terça-feira, abril 28, 2009
quarta-feira, abril 22, 2009
Há dias assim, em que um acto de coragem e vontade altera a história natural da vivência.
Conheci-vos com aqueles sorrisos brilhantes e enormes e mostraram-me a cor dos passos que dava a medo. Deram-me a mão, acarinharam-na, ofereceram-me os braços à volta do corpo e os lábios doces na bochecha envergonhada. Foram a força que me ensinou a dar, a receber e a partilhar a alegria imensa dos dias comuns, dos gestos puros, do riso e do amor livre. Aprendi tanto só por vos ver, por admirar a áurea que vos preenchia o olhar. Quiseram-me convosco e eu corri. Corri como havia muito tempo que não fazia, como não sobrasse alternativa para o meu corpo doente. Quis-vos tão perto e tive-vos aqui. Recostei-me, cobri-me com o vosso conforto, suguei todas as palavras e gestos.
Nasceu o peso nos ombros e o aperto das mãos atadas. Restou esperar.
E hoje é um dia novo. Hoje vi-vos de volta, com o brilho reluzente, os mimos de sempre, a cumplicidade invejável. Oiço-vos o riso e tremo. O peso do peito aquece e torna-se comoção. Continuo sem conseguir reagir. É bom, é muito bom. Voltaram. Não para mim, que não é o que importa, mas para o que tinham. Para o que eram. Para o que admirei com tanto fascínio, o que tanta força me dera antes.
Observo-vos de longe, uns passos mais atrás do que antigamente. Sorrio cada vez que descubro a áurea intacta à vossa volta. A emoção regressa. Há algo renovado e preparado para seguir em frente, confiante. Desta vez não correrá por caminhos erróneos. Desta vez, deixo-vos assim, entregues ao que sempre foi vosso.
Sorrio-vos daqui. Feliz.
[após 3ª edição]
Conheci-vos com aqueles sorrisos brilhantes e enormes e mostraram-me a cor dos passos que dava a medo. Deram-me a mão, acarinharam-na, ofereceram-me os braços à volta do corpo e os lábios doces na bochecha envergonhada. Foram a força que me ensinou a dar, a receber e a partilhar a alegria imensa dos dias comuns, dos gestos puros, do riso e do amor livre. Aprendi tanto só por vos ver, por admirar a áurea que vos preenchia o olhar. Quiseram-me convosco e eu corri. Corri como havia muito tempo que não fazia, como não sobrasse alternativa para o meu corpo doente. Quis-vos tão perto e tive-vos aqui. Recostei-me, cobri-me com o vosso conforto, suguei todas as palavras e gestos.
Nasceu o peso nos ombros e o aperto das mãos atadas. Restou esperar.
E hoje é um dia novo. Hoje vi-vos de volta, com o brilho reluzente, os mimos de sempre, a cumplicidade invejável. Oiço-vos o riso e tremo. O peso do peito aquece e torna-se comoção. Continuo sem conseguir reagir. É bom, é muito bom. Voltaram. Não para mim, que não é o que importa, mas para o que tinham. Para o que eram. Para o que admirei com tanto fascínio, o que tanta força me dera antes.
Observo-vos de longe, uns passos mais atrás do que antigamente. Sorrio cada vez que descubro a áurea intacta à vossa volta. A emoção regressa. Há algo renovado e preparado para seguir em frente, confiante. Desta vez não correrá por caminhos erróneos. Desta vez, deixo-vos assim, entregues ao que sempre foi vosso.
Sorrio-vos daqui. Feliz.
[após 3ª edição]
segunda-feira, abril 06, 2009
Carpe Diem. As palavras não foram logo estas, mas os gestos partiram sempre delas. Tudo o que se construiu, de uma forma tão sólida, tão segura e determinada, tão indiscutível e imparável, formou-se através do que escondíamos em nós durante tantos anos. Éramos maiores. Rebentavam os corpos em nós, o ardor dos dias rugia no silêncio do quarto e ligavamo-nos na escuridão. A luz era vaga, mas sabiamo-nos lá. Por algo místico, sabíamos quem éramos. Sabia que me sugarias tudo o que tinha para dar, que não resistiria por seres o que mais procurava. Fui para ti tudo o que consegui ser. Dei-me. E tive tudo de volta.
Não tirei o vestido branco nem compus os pés descalços. O cheiro da terra molhada e a árvore para onde subimos continuam presentes. As crianças ainda são pequenas. Estamos aqui, na mesma. As mãos juntas, a alma no olhar, a força no peito. O amor pelas coisas pequenas e doces, o incómodo pelo regular e sintético, a paixão pela arte e poesia, a dor pelo que corrompe e amordaça. E a luta. Por nós. Mesmo que sejamos outros nomes que não o que nos deram. Encontrámos os nossos algures nas margens das nossas palavras.
Encontrámo-nos, minha Irmã. Encontrámo-nos uma na outra. E assim seremos daqui para sempre. Que venham as Horas, estamos prontas há muito tempo.
Não tirei o vestido branco nem compus os pés descalços. O cheiro da terra molhada e a árvore para onde subimos continuam presentes. As crianças ainda são pequenas. Estamos aqui, na mesma. As mãos juntas, a alma no olhar, a força no peito. O amor pelas coisas pequenas e doces, o incómodo pelo regular e sintético, a paixão pela arte e poesia, a dor pelo que corrompe e amordaça. E a luta. Por nós. Mesmo que sejamos outros nomes que não o que nos deram. Encontrámos os nossos algures nas margens das nossas palavras.
Encontrámo-nos, minha Irmã. Encontrámo-nos uma na outra. E assim seremos daqui para sempre. Que venham as Horas, estamos prontas há muito tempo.
[post número duzentos parabéns à minha Irmã]
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