Oiço o teu coração com o ouvido deitado no teu peito. "E o que diz?" perguntas. Diz que tem fome.
É como chegar a casa. Sorrio porque vos vejo, desse lado, um pouco inclinados para a frente (cuidado com as costas) a beber aos pequenos goles o que trouxe para vocês. Não é muito, não sei o que é ainda, mas trago porque gostam que vos traga surpresas. E, quando já não espero apreço, agradecem-me o facto de não ter deixado de as trazer, mesmo que mais enrugadas e murchas, mas trago. E relembro todas as outras e relanço as que hão-de vir. As boas. As arrebatadoras. As verdadeiramente arrebatadoras.
E sorrio porque me lembro de mim. Sou eu. Sou esse brilho nos vossos olhos cansados do monitor violento que vos aumenta a graduação. Sou esse sorriso quando me dizem "eu li". Sou esse comentário e essa crítica. E quero-nos de volta. Quero a partilha de volta.
E acabo sempre a escrever sobre a saudade deste blog.
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