O. - T. F. P.
Diz que no passado a palavra o prejudicou. Não a soube usar, não se soube fazer ouvir. Olha o chão, mas mantém a determinação da voz, já não é o menino tímido que o sobrolho carregado induz. É competente e queria ser maior. Porque agora, só agora, sabe que o merece. É especial e não o partilha. Sugere, a quem sabe ver, mas não o demonstra.
O menino alto, de anos maduros na pele e juventude na voz, entrega-se ao projecto novo. Olha em frente e, agora sim, fala-nos numa voz assertiva, respeitosa. Sorri, esconde os olhos pequenos no riso honesto, revela a beleza do humor simples e caseiro. Faz festas na mão da colega do lado, ri-se. Torna-se o exemplo para o resto do grupo. E a voz, vinte anos depois, revela-se.
E pinta, o alto. Mal, diz, mas pinta e não desiste. Distingue o bom do comestível e não lhe dá importância. É alguém, não é apenas o competente. Ele pinta, colegas, eles é mais que tudo isto. E está cá para ser ainda maior.
É aquele, sim, o que passa agora por nós. É ele. Não apontes que é feio.
[Hei-de melhorar o texto. Assim ninguém se entende. Mas são ideias, deixem-nas vir.]
sábado, janeiro 17, 2009
Oiço o teu coração com o ouvido deitado no teu peito. "E o que diz?" perguntas. Diz que tem fome.
É como chegar a casa. Sorrio porque vos vejo, desse lado, um pouco inclinados para a frente (cuidado com as costas) a beber aos pequenos goles o que trouxe para vocês. Não é muito, não sei o que é ainda, mas trago porque gostam que vos traga surpresas. E, quando já não espero apreço, agradecem-me o facto de não ter deixado de as trazer, mesmo que mais enrugadas e murchas, mas trago. E relembro todas as outras e relanço as que hão-de vir. As boas. As arrebatadoras. As verdadeiramente arrebatadoras.
E sorrio porque me lembro de mim. Sou eu. Sou esse brilho nos vossos olhos cansados do monitor violento que vos aumenta a graduação. Sou esse sorriso quando me dizem "eu li". Sou esse comentário e essa crítica. E quero-nos de volta. Quero a partilha de volta.
E acabo sempre a escrever sobre a saudade deste blog.
É como chegar a casa. Sorrio porque vos vejo, desse lado, um pouco inclinados para a frente (cuidado com as costas) a beber aos pequenos goles o que trouxe para vocês. Não é muito, não sei o que é ainda, mas trago porque gostam que vos traga surpresas. E, quando já não espero apreço, agradecem-me o facto de não ter deixado de as trazer, mesmo que mais enrugadas e murchas, mas trago. E relembro todas as outras e relanço as que hão-de vir. As boas. As arrebatadoras. As verdadeiramente arrebatadoras.
E sorrio porque me lembro de mim. Sou eu. Sou esse brilho nos vossos olhos cansados do monitor violento que vos aumenta a graduação. Sou esse sorriso quando me dizem "eu li". Sou esse comentário e essa crítica. E quero-nos de volta. Quero a partilha de volta.
E acabo sempre a escrever sobre a saudade deste blog.
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