quarta-feira, janeiro 05, 2005

Olhou-me como se fosse meu
Como se me pedisse para o deixar ir
E sorria, como sempre,
Como prometendo não me fugir

Cúmplices de algo que sabemos,
Algo que nunca vai existir
Criámos algo que nos acusa
Algo que nos leva a sorrir

E com este sorriso o deixo ir
Este garoto obediente
Que me prometeu não fugir
Neste olhar consciente

E, desprevenida, sorri-me no instante
- Não sei bem o que me deu -
Em que aquele menino
Me olhou como se fosse meu

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