Porque só as palavras me saem livres. Porque o digo, por escrito, entre versos discretos e algum pó de talco. Porque foi nesta arte que decidi viver e o corpo intimidou-se. Observo e sinto, guardo-o para estas tardes na solidão onde resumo o que não faço. Escrevo-o para que viva.
Admiro-lhe a genuinidade. Porque o sente e o pede. “Dá-me um abraço.” E, por ser verdadeira, recebe sempre um sorriso de volta e os braços largos de quem os pediu. E invejo-lhe o gesto porque só me resta a escrita.
Também o sinto. Também quero braços e ombros e tronco e mãos no dorso. Porque não são só braços e ombros e tronco e mãos, são vidas que se tocam. E tocam-se, tanta vez, com os sorrisos novos e as palavras doces, a presença inesperada e aqueles gestos onde encontramos por instantes um pouco de nós. Porque há quem me toque e já viva em mim. Porque há quem seja indispensável. Porque o quero mostrar, para que o saiba. E tenho braços e ombros e tronco e mãos para mostrar o quão essencial alguém é para mim, muito para além das palavras poucas que ainda sei escrever. Também eu quero um abraço.
Admiro-lhe a genuinidade. Porque o sente e o pede. “Dá-me um abraço.” E, por ser verdadeira, recebe sempre um sorriso de volta e os braços largos de quem os pediu. E invejo-lhe o gesto porque só me resta a escrita.
Também o sinto. Também quero braços e ombros e tronco e mãos no dorso. Porque não são só braços e ombros e tronco e mãos, são vidas que se tocam. E tocam-se, tanta vez, com os sorrisos novos e as palavras doces, a presença inesperada e aqueles gestos onde encontramos por instantes um pouco de nós. Porque há quem me toque e já viva em mim. Porque há quem seja indispensável. Porque o quero mostrar, para que o saiba. E tenho braços e ombros e tronco e mãos para mostrar o quão essencial alguém é para mim, muito para além das palavras poucas que ainda sei escrever. Também eu quero um abraço.
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