SEM #1
Viena é vigiada por corvos. Os pombos tornam-se anónimos quando surgem as aves negras. Passeiam-se em passos humanizados, nos jardins que dão cor à cidade. São solitários, alguns negros, outros com algumas penas castanhas brilhantes e uma imponencia respeitosa.
Um corvo poisa no topo de um muro de um monumento às vítimas de guerra. Olha a estátua simbólica e conversam. A fotografia tira-se e é compreensível a inevitabilidade daquele quadro.
Viena tem três cores. Viena é branca nos edifícios grandiosos que compõem a cidade. O parlamento é suportado por mulheres de braço sobre o ombro, irmãs ou cúmplices do poder da responsabilidade. No Rataus e em Hofburg surge igualmente o negro, a cor do tempo denso e do ar apertado, que marcarra o claro que antes surgia. Por fim, o verde confirma a cidade que percorremos, nos topos das catedrais e edifícios da História da arte e humanidade.
Viena é a anfitriã. Convida-nos a entrar, a conhecer, exibe a sua magnitude e agradece com um sorriso. Abraça e não se impõe. Encanta.
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