A mão. Aqui, sobre a minha que tem saudades da tua. Agora os olhos no meus. Lê-me de novo.
Continua, sem pensar. Estavas a ir bem, não tenhas medo da música. Isso, deixa o braço viver por si e encontrar o seu caminho no ritmo que quiser. E depois é o outro braço e os pés que, vês?, já batem por si mesmos. Tira essa expressão de medo, não há problema, ninguém te vê nem te julga, só aqui estou eu e só te quero ajudar. Vá, deixa-te levar.
Isso! Assim gosto mais de te ver, a rires-te, com cócegas da música, é bom sinal, estás a deixá-la entrar. Silly walk, para brincarmos um pouco, eu junto-me a ti. Vamos aos passos ridículos, às coreografias de anos passados e videos berrantes que não conseguimos esquecer. O robot, o que quiseres e te lembrares! Vamos passar para as imitações e personificações. Finge o alcoól e o à-vontade consequente, o andar desequilibrado e a liberdade de movimentos e pensamentos. Óptimo! Já te estás a divertir.
E enquanto te libertas, afasto-me devagar, sem me veres porque fechaste os olhos, e vou aplaudir-te em silêncio por teres conseguido. Estou orgulhosa. Dançaste.